*Por Renata Marcicano e Agência Comunicação Interativa
Solução Cisco Converged Access, implantada em parceria com a Capgemini, distribui o tráfego WiFi para switches instalados nos andares do edifício, para garantir alto desempenho e disponibilidade
Em 2015, a seguradora Porto Seguro inaugurou o novo prédio da matriz em São Paulo. Com 15 andares para acomodar 1,4 mil funcionários, o empreendimento tinha um desafio peculiar: o piso elevado não aceitava o cabeamento horizontal necessário. Em outras palavras, o prédio deveria contar com rede 100% WiFi.
Alexandre Rici, analista sênior e líder da área de projetos de Telecom da Porto Seguro, conta que a companhia contratou a solução Cisco Converged Access - com duas controladoras centrais (mobility controller) no data center, e dois switches (mobility agents) por andar. Os switches atuam também como controladoras locais, de forma a garantir à seguradora uma rede de alta disponibilidade e desempenho.
O segredo está na segregação da rede em cada um dos andares. Enquanto as mobility controllers cuidam da qualidade da radiofrequência, os switches assumem o controle de tráfego. “Se houver problema em um andar, os outros são preservados”, afirma Alexandre Rici.
Essa arquitetura opera de forma diferente da tradicional, onde as controladoras são as responsáveis por tudo – encaminham o tráfego, fazem o controle de segurança e da radiofrequência.
“É um modelo centralizado, ao contrário da Converged Access, que é distribuída”, explica o executivo da Porto Seguro.
Com a solução, a companhia cumpriu mais dois requisitos do projeto: inovar, trazendo a melhor tecnologia disponível no mercado para os funcionários; e economizar na infraestrutura de cabos. Como ordem de grandeza, Rici cita que a Porto Seguro havia investido R$ 2 milhões no cabeamento de um prédio vizinho inaugurado meses antes.
A inovação também veio com o padrão 802.11ac em 5 GHz, com melhor desempenho e maior velocidade. “O plano é que as redes legadas, nos outros prédios, sejam atualizadas com este padrão até 2020”, afirma Rici.
Para chegar à configuração da nova rede, a Porto Seguro realizou provas de conceito no final de 2014, quando optou pela tecnologia Cisco, sugerida em projeto desenvolvido pela Capgemini. Pesaram na decisão, o desempenho e a compatibilidade com endpoints, além da capacidade de transferência de banda, a inovação e o atendimento pós-venda. A escolha também foi influenciada por um projeto paralelo de telefonia IP (veja quadro “Telefonia IP sem telefone”), desenhado para acompanhar a arquitetura de comunicação sem fio.
Tanto a rede quanto o sistema de telefonia foram instalados entre março e outubro de 2015, com a rede feita pela Capgemini e o projeto de voz pela A.Telecom. “Ativamos toda a rede sem fio em apenas três dias, com uma equipe multidisciplinar formada por profissionais de diferentes perfis, sistemas e áreas de negócios. Isso permitiu que entregássemos o projeto com mais agilidade, desempenho e redução de custos, independente de futuras mudança de mobiliário ou do número de usuários”, afirma André Santana, diretor de Infraestrutura da Capgemini no Brasil. A equipe de TI da Porto Seguro validou o ambiente antes da inauguração, para certificar que todos os defeitos fossem resolvidos a tempo.
Ao contratar as soluções da Cisco, a Porto Seguro queria um desempenho superior às redes wireless instaladas nos outros prédios da companhia e, no mínimo, similar a uma rede cabeada. A exigência se viu ainda mais necessária porque uma equipe de atendimento (contact center) foi transferida para o novo prédio.
A resposta dos usuários veio em uma pesquisa de satisfação, onde 98% classificaram a rede como ótima ou boa. Ainda segundo os colaboradores, o desempenho é considerado melhor do que em outros lugares em que já haviam trabalhado.
“A infraestrutura adotada possibilitou um ganho de mobilidade. Todos os funcionários utilizam notebook e podem levá-lo para onde quiserem, inclusive reuniões”, diz o analista. Segundo Rici, a atualidade da rede WiFi permite à Porto Seguro investir em projetos inovadores. “Nosso plano agora é dar mais mobilidade ao contact center, beneficiando o atendimento ao cliente final”, encerra.
*Renata Marcicano é Gerente de Conteúdo para os mercados de Finanças e Manufatura na Cisco do Brasil e a Agência Comunicação Interativa desenvolve a Revista Cisco Live