Bausch + Lomb corta 40% dos gastos com telefonia após migrar para IP

Empresa atualizou sistema para ganhar escalabilidade e disponibilidade, e agora colhe os frutos da redução de custos e engajamento das equipes

A Bausch + Lomb, fabricante de lentes de contato e medicamentos para a saúde ocular, trocou uma plataforma híbrida (analógico e digital) de telefonia por um sistema 100% IP (Cisco BE 6000). A atualização, em operação desde o final do primeiro semestre de 2016, já reflete economia de 40% na conta de telefone e outras vantagens, como a maior produtividade dos colaboradores.

Conforme explica Jeremias Goedert, responsável pela área de TI da Bausch + Lomb, a atualização da telefonia era necessária devido à idade da plataforma utilizada que, como todo sistema analógico, apresentava limitações para expansão e remanejamento de ramais dentro dos escritórios, sendo necessário investir em cabeamento estruturado para realizar essas iniciativas. Além disso, também eram comuns quedas de disponibilidade.

Por isso, ao final de 2015, a fabricante viu a oportunidade de implantar a telefonia IP tanto na área de produção, em Porto Alegre (RS), quanto nos escritórios e centros de distribuição.

O escritório corporativo da Valeant, holding farmacêutica dona da Bausch + Lomb, em São Paulo (SP), também foi atualizado com a tecnologia.

“Com a BE6000 reduzimos custos com chamadas DDD e também os gastos com a gestão e a manutenção da plataforma”, relata Goedert, lembrando que o antigo sistema era gerenciado por um terceiro. “Hoje, quem faz esse serviço é nosso próprio pessoal de TI.”

Além de trabalhar em plena disponibilidade, a central de telefonia IP traz a escalabilidade como benefício. Goedert diz que ficou mais fácil instalar novos ramais e até implantar locais de operação da companhia. A Bausch + Lomb também tem planos de criar ramais virtuais (hoje, todos são físicos) para áreas que trabalham em deslocamento.

Histórico

Vários fatores pesaram na escolha do projeto de telefonia IP desenvolvido pela NGX, integradora parceira da Cisco. Um deles, o fato de outros escritórios da Bausch + Lomb no mundo, incluindo a matriz, já serem clientes da fabricante. “Isso é importante porque facilita a interoperabilidade, algo que seria impactado se escolhêssemos outro fornecedor. Mas não há uma diretriz que obrigue o uso da solução Cisco”, explica Goedert.

Até mesmo o custo da plataforma Cisco, que Goedert imaginava ser alto, provou-se equivalente aos dos concorrentes, surpreendendo o responsável pela TI. “Imaginávamos que, por ser considerada a melhor solução do mercado, ela seria mais cara, o que não aconteceu”, diz.

O ganho também ocorreu no tempo de implementação, reduzido pela infraestrutura de rede da Bausch + Lomb, que já era Cisco, e “mais um ponto a favor da tecnologia”, afirma Goedert.

Engajamento

A plataforma foi bem aceita pelos usuários da Bausch + Lomb, que agora têm acesso a recursos como consulta a diretório de ramais, mensagens de voz e audioconferências.

A adaptação ao novo sistema de telefonia foi tamanha que já é possível notar ganhos de produtividade, de acordo com o executivo. A audioconferência, por exemplo, incentivou os funcionários a fazer pequenas reuniões por telefone, encontros que antes eram apenas presenciais, “o que era difícil por motivos de conciliação de agendas e de disponibilidade de salas de reunião”, explica Goedert. “Hoje, eles podem, rapidamente, se reunir por audiconferência e tomar decisões de forma mais rápia”, diz.

O próximo passo, a instalação de sistemas videoconferência e telepresença, ainda não foi preparado pela Bausch + Lomb, que preferiu atualizar a infraestrutura de comunicação os poucos. O plano da empresa é primeiro equalizar a infraestrutura de rede, em seguida a telefonia IP e com o tempo adicionar novas tecnologias que ajudem o negócio.

“Este primeiro projeto foi simples, mas trouxe grandes ganhos para a Bausch + Lomb”, afirma Goedert. “Normalmente, uma migração como essa é complexa, algo que não foi percebido neste projeto, o que nos encoraja a evoluir para novas tecnologias”, encerra o executivo.

Com a telefonia IP, foi possível reduzir custos das chamadas DDD e da gestão e manutenção da plataforma

Jeremias Goedert, responsável pela TI da Baush + Lomb