AngloGold Ashanti moderniza operação com investimento em telefonia IP da Cisco

Mineradora já investiu mais de US$ 1 milhão para realizar a migração gradual para a telefonia IP

A operação brasileira da AngloGold Ashanti – uma das líderes globais na produção de ouro – tem reestruturado seu sistema de telefonia, migrando gradualmente do PABX convencional para a telefonia IP (Internet Protocol). Exemplo disso é a recente aquisição de 300 aparelhos telefônicos IP da Cisco – empresa líder mundial em soluções para Internet –, os quais serão instalados na unidade da mineradora em Serra Grande, Goiânia (GO), até o início do segundo semestre de 2009. O investimento é avaliado em US$ 250 mil. Para os próximos meses, também está prevista a implementação de telefones IP em outras duas minas da AngloGold Ashanti – Lamego, em Sabará (MG), e Córrego do Sítio, em Santa Bárbara (MG).

A AngloGold Ashanti tem forte atuação em algumas cidades de Minas Gerais, entre elas Nova Lima, Sabará e Santa Bárbara. Nas operações dessas localidades, foi iniciado em 2006 o processo de migração da telefonia convencional para a IP. “Tínhamos uma infraestrutura obsoleta e, ao invés de renová-la, decidimos trocá-la pela telefonia IP, por causa das funcionalidades da tecnologia e das possibilidades futuras de atualização”, afirma Pablo Piombi, coordenador de Infraestrutura da AngloGold Ashanti. Entre as vantagens da telefonia IP estão a possibilidade de ‘levar’ o ramal pessoal a qualquer lugar, via IP Communicator, e a unificação de mensagens em uma única plataforma de dados, aumentando a produtividade dos funcionários.

A migração para a telefonia IP começou no ano seguinte. De junho a novembro de 2007, 50% dos mil ramais das operações da empresa em Minas Gerais passaram para a tecnologia IP. O investimento foi de mais de U$S 800 mil. Desde então está ocorrendo, segundo Piombi, uma troca gradual dos aparelhos restantes, embora se reconheça alguns empecilhos. “Não é fácil levar esses equipamentos para o subsolo, para as minas, pois eles são mais delicados e sensíveis do que os convencionais”, comenta o coordenador. Por isso, parte da rede analógica ainda resiste no interior das minas.

Desafio

Um desafio na implementação foi o alto índice de descarga elétrica da região onde a empresa está instalada, que é conhecida por seus altos teores de minério de ferro no subsolo. O aparelho que convertia o sinal analógico proveniente das minas para o sinal digital da telefonia IP estava instalado na superfície e utilizava uma rede de cobre suspensa para transmitir as informações. As descargas elétricas acabavam por atingir essa estrutura, causando a inutilização de aparelhos telefônicos nas pontas. A solução encontrada foi trocar a rede de cobre por fibras óticas e mudar de lugar o equipamento conversor do sinal – ele foi para o subsolo. “Com isso reduzimos em mais de 90% nossos problemas com descargas elétricas”, pontua Piombi.

Nas áreas da empresa, a telefonia IP permitiu a redução dos serviços de manutenção da rede de dados e de telefone, que passou a ser uma só, toda digital, e inteiramente composta por equipamentos Cisco. Antes, a rede analógica para telefones requeria uma equipe especializada nessa tecnologia, enquanto outra se mantinha às voltas com a infraestrutura da rede de dados.

“Ficou mais fácil a manutenção de toda a nossa plataforma tecnológica, inclusive a integração dos telefones à rede de dados”, conta Piombi.

Durante a instalação dos mais de 500 aparelhos em toda a empresa não houve qualquer interrupção da comunicação telefônica. Ao todo, sete pessoas se encarregaram da implementação. “O objetivo agora é padronizar a telefonia global da AngloGold Ashanti para o IP, daí os projetos de migração em andamento em Serra Grande”.