Kinross constrói Data Center com arquitetura de referência Cisco e NetApp

Mineradora adotou solução Flexpod em projeto de Disaster Recovery e assegura disponibilidade dos sistemas de mina de ouro.

A Kinross atua nas atividades de pesquisa e desenvolvimento mineral, mineração, beneficiamento e comercialização de ouro. Com operação na mina Morro do Ouro, em Paracatu, noroeste de Minas Gerais, e escritório em Belo Horizonte, a empresa integra a Kinross Gold Corporation, grupo canadense com presença na América do Sul (Brasil e Chile), América do Norte (Estados Unidos e Canadá), África (Gana e Mauritânia) e Eurásia (Rússia).

Devido a grande expansão que conquistou nos últimos anos, o datacenter que sustentava a operação da empresa no Brasil já não atendia a demanda do volume de negócios. Paradas de sistema colocavam em risco a produtividade do negócio, além de causar grande desgaste aos usuários e as equipes de TI dos grupos. Por isso, a Kinross, mineradora de ouro responsável por 22% da produção brasileira do metal, decidiu investir na construção de um novo data center e em uma estratégia de Disaster Recovery (DR).

O objetivo: entregar uma infraestrutura que garantisse a operação de todos os sistemas da mineradora sem falhas, assegurando a alta produtividade da mina Morro do Ouro, em Paracatu (MG), capaz de gerar 16 toneladas do minério por ano.

“Hoje a companhia não funciona sem a TI”, afirma Alisson Cândido Silva, especialista de TI da Kinross para América do Sul. Segundo ele, há diversos sistemas e equipamentos interconectados. “Qualquer falha de dados e conexões significa prejuízo”, comenta.

A companhia possuía um data center próprio no país, que já não era suficiente, considerando-se o crescimento da Kinross ao longo da última década. Então, em 2013, a mineradora procurou no mercado tecnologias que pudessem garantir sua operação, encontrando no projeto da integradora ForceOne a solução Flexpod, desenvolvida pela Cisco em parceria com a Netapp.

Silva comenta que o Flexpod foi escolhido devido a integração dele com diversas soluções de virtualização, pois trata-se de uma tecnologia convergente o que resulta em um ambiente de TI integrado e administração centralizada. “A matriz da empresa, que fica no Canadá, também utiliza Cisco e recomendou a tecnologia”, lembra o especialista.

Todo o projeto foi separado em três partes e demorou três anos para ser encerrado. Conforme explica Silva, foi preciso a segmentação para poder investir em todo o projeto. “A crise mundial do setor de mineração pressionou para um tempo maior de finalização do projeto”, diz.

Por isso, o ano de 2013 foi destinado à construção do local do data center, realizada pela Kinross e outros parceiros, com toda a parte de alvenaria, sistemas de climatização (ar condicionado) e de geração de energia em casos de emergência.

Já no ano seguinte, houve a atualização do primeiro data center, com a implantação de suítes Cisco Nexus e storage Netapp FAS, além do upgrade dos servidores de outro fornecedor que lá estavam, para que este site fosse capaz de se comunicar com o novo data center e servir como um backup.

Somente em 2015 foi feita a implementação das soluções de tecnologia no novo data center construído. Esta etapa do projeto contou com implantação de storage Netapp FAS, outro conjunto de suítes Cisco Nexus e um ambiente de servidores Cisco UCS com quatro lâminas. Nesta fase, também foram implantados links redundantes entre os dois data centers.

De acordo com Erik Fonseca, da ForceOne, “essa solução chamada Flexpod, é uma arquitetura de referência, mais flexível, e dá a capacidade de armazenamento e processamento que o cliente deseja”, afirma. Desenvolvida pela Cisco e Netapp, a FlexPod também trabalha com outros parceiros de virtualização e a Kinross optou por utilizar a solução da VMware SRM para orquestração do processo de DR.

Além disso, ainda é possível elencar os sistemas que tem prioridade para voltar o mais rápido possível. Silva, da Kinross, diz que alguns deles voltam em apenas alguns minutos, enquanto o sistema de mina, que é uns dos principais softwares utilizados no processo produtivo da empresa, leva 18 minutos para reiniciar no data center backup. “É um número aceitável”, afirma.

Fortalecer a segurança dos dados e, ao mesmo tempo, manter a performance e a simplicidade de gerenciamento obtendo uma governança consistente e confiável. Esse foi o nosso foco e a realidade atingida

afirma Lucas Piau, gerente de Projetos de TI da Kinross

Solução se adapta ao negócio do cliente

Erik Fonseca, da ForceOne, diz que o projeto da Kinross foi desafiador, principalmente porque a migração de data center não poderia atrapalhar a produtividade da empresa. De acordo com ele, esse processo foi facilitado devido a facilidade de integração do Flexpod com os parceiros.

“A solução já vem desenhada conforme o modelo de negócio de cada cliente e só precisou passar por uma adaptação, o que garantiu a agilidade e segurança na hora da implantação”, diz.

A integradora também foi a responsável por instruir a equipe de TI da Kinross a utilizar o novo ambiente. Hoje presta o serviço de suporte para a Kinross e faz testes de DR com frequência, a fim de garantir a eficácia da solução quando necessário.