Escola de Comunicações do Exército capacita 8,4 mil alunos em redes

Instituição participa de programa Cisco Network Academy para capacitar militares

Por Karen Kuba e Agência Comunicação Interativa*

Desde outubro de 2015, a Escola de Comunicações do Exército Brasileiro (EsCom) já capacitou mais de 8,4 mil alunos em cursos de redes, por meio do modelo de ensino a distância (EaD). O projeto, que faz parte do programa Cisco Network Academy (CNA), tem o objetivo de oferecer capacitação em gestão de redes aos militares e, ao mesmo tempo, prover uma especialização, mesmo para aqueles que não prossigam na carreira militar, como forma de contribuição à sociedade.

O CNA é um programa global de capacitação profissional e desenvolvimento de carreiras no setor de TI para instituições de ensino e pessoas. Mais de 6 milhões de profissionais já foram certificados pelo CNA desde 1997, e a Escola de Comunicações do Exército foi convidada a ofertar os cursos justamente por ser ligada à área de comunicações e proteção cibernética.

A ideia básica é capacitar os oficiais do Exército na área de redes, para operarem o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (SISFRON), do qual a Cisco é um dos fornecedores de offset.

Conforme explica o Coronel Ândrei Clauhs, a adesão ao CNA teve como um de seus objetivos equilibrar as próprias necessidades com a demanda da sociedade, oferecendo cursos capazes de diferenciar, no mercado de trabalho, os próprios militares e também aqueles que não prosseguirem na carreira militar.

Do ponto de vista das Forças Armadas, o coronel Clauhs diz que era necessário criar o “soldado do futuro”, um profissional capacitado a operar em redes em diferentes ambientes e situações, inclusive no campo de batalha.

Estabelecimento de ensino do Exército Brasileiro, situada no Distrito Federal, a EsCom é subordinada ao Centro de Comunicações e Guerra Eletrônica do Exército, e este ao Departamento de Ciência e Tecnologia. Sua missão é habilitar, conforme as necessidades do Exército Brasileiro, profissionais militares a exercerem, com competência, as atribuições do cargo a que se destinam, especialmente na área de comunicações, dentro das normas de ensino do Exército, realizando pesquisas para contribuir com o desenvolvimento da doutrina de emprego das comunicações e da manutenção de seus diversos meios.

Videoaulas

Para atingir esse objetivo, o primeiro passo da Escola de Comunicações do Exército Brasileiro foi montar um laboratório para realizar as videoaulas. Com uma infraestrutura 100% Cisco, o espaço conta com um servidor próprio, 12 máquinas, quatro switches, dois roteadores e um firewall. O Exército contou, ainda, com o suporte de um profissional capacitado pela Cisco, para auxiliar no treinamento do time de instrutores, formado pelos próprios militares.

Inicialmente, a EsCom esperava atender cerca de 400 militares, mas o coronel explica que a receptividade ao projeto foi tão positiva, que a instituição decidiu expandir a oferta dos cursos para reservistas, militares da Força Aérea Brasileira e da Marinha do Brasil, bem como dependentes de militares e também aos civis.

“As certificações abrangem diferentes níveis e qualificações, inclusive temas como Internet das Coisas (IoT) e empreendedorismo”, diz o Coronel Clauhs.

Ainda segundo ele, parte majoritária da mão de obra formada pelo CNA foi absorvida para integrar o projeto SISFRON e um segundo grupo se integrou à equipe de TI das próprias Forças Armadas.

“O principal benefício que percebemos é a possibilidade de apresentar novas tecnologias aos militares que não são especializados nesta área”, afirma o coronel Clauhs. “Montar uma rede para operações especiais, como o combate à dengue, se tornou mais simples”, completa.

O próximo passo do programa é ampliar a abrangência dos cursos, incluindo militares brasileiros que estão em missões no exterior, além de abrir a oportunidade para policiais militares, civis e federais.

Prêmio Cisco Partner 2016

A Escola de Comunicações do Exército recebeu o Prêmio Cisco Partner 2016 e foi considerada uma das 20 melhores academias de redes do mundo, baseado em critérios como número de alunos, abrangência e feedback dos alunos.

A premiação é resultado da oferta gratuita de cursos de alta qualidade, que geraram comentários positivos por parte dos alunos, segundo o coronel Ândrei Clauhs.

O coronel ainda menciona que a qualidade dos cursos é resultado da combinação do modelo EaD com o atendimento rápido às dúvidas dos alunos, de preferência, na mesma noite em que realizam seus estudos.

“A maioria dos estudantes acessam a plataforma no período noturno, então buscamos responder às dúvidas rapidamente, para não atrasar o progresso do aluno no dia seguinte.”

 

O principal benefício que percebemos é a possibilidade de apresentar novas tecnologias aos militares que não são especializados nesta área

afirma o coronel Ândrei Clauhs

*Karen Kuba é a Gerente de Conteúdo para Setor Público e Inovação na Cisco do Brasil e a Agência Comunicação Interativa desenvolve a Revista Cisco Live